Descrita pela 1a vez em 1912 pelo médico escocês Samuel Alexander Kinnier Wilson (1878-1937), a Doença de Wilson, também conhecida como “degeneração hepatolenticular”, é uma condição genética rara que resulta no acúmulo excessivo de cobre no corpo.
Este acúmulo pode afetar vários órgãos, incluindo o fígado, o cérebro e, de maneira bastante significativa, os olhos.
Como identificar?
Uma das manifestações oculares mais características da Doença de Wilson é o anel de Kayser-Fleischer.
Este anel é uma deposição de cobre na periferia da córnea (a lente transparente que fica na frente dos olhos) que pode ser visto com o auxílio de uma lâmpada de fenda.
Além do anel de Kayser-Fleischer, os pacientes com Doença de Wilson podem apresentar outras alterações oculares, como:
- Catarata em Girassol: Um tipo específico de catarata, em que as opacidades do cristalino formam um padrão radial semelhante a um girassol;
- Movimentos oculares anormais e dificuldades no controle dos músculos dos olhos;
- Causa também alterações no fígado, como cirrose e alterações de coagulação, e neurológicas, semelhantes às doenças de Parkingson ou demência.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce da Doença de Wilson é crucial para iniciar o tratamento e prevenir complicações severas.
Os médicos oftalmologistas desempenham um papel fundamental nesse processo, especialmente na identificação do anel de Kayser-Fleischer, que pode ser um dos primeiros sinais visíveis da doença (apesar de só aparecer em 2/3 dos casos).
Se você suspeita de sintomas relacionados à Doença de Wilson ou tem histórico familiar da condição, é importante procurar avaliação médica.
O tratamento geralmente envolve medicamentos para reduzir os níveis de cobre no corpo e monitoramento regular para gerenciar a condição de maneira eficaz.
Converse com seu médico e faça consultas regulates.
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